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Mostrando postagens de 2012

Jonathan Edwards: Teólogo do Coração e do Intelecto

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Alderi S. Matos Introdução Jonathan Edwards, um pastor congregacional norte-americano que viveu no século XVIII, foi uma das personalidades religiosas mais destacadas da história da igreja nos últimos três séculos. Os estudiosos da sua vida e obra o tem considerado o maior filósofo e teólogo já produzido pelos Estados Unidos e especialmente o mais importante e influente dos calvinistas americanos.( 1)  Benjamin B. Warfield cita o testemunho do filósofo francês Georges Lyon, segundo o qual, tivesse Edwards permanecido apenas no campo da filosofia e da metafísica, sem enveredar pela teologia, ele talvez viesse a ocupar "um lugar ao lado de Leibnitz e Kant entre os fundadores de sistemas imortais."( 2)  O fato é que, tendo sido inicialmente, durante a sua juventude, atraído pela filosofia, notadamente sob a influência de grandes empiricistas e cientistas ingleses como John Locke (1632-1704) e Isaac Newton (1642-1717), eventualmente as preocupações de ordem religios

Teologia como ciência especial I O método científico e as concepções de teologia em Hodge, Bavinck, Dooyeweerd e Van Til

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André Luiz Geske 1 Alvin Plantinga em seu artigo intitulado “Religion and Science” 2   traça uma série de definições sobre ciência. Junto com estas definições, ele aponta para a fraqueza de cada uma delas mostrando que aquilo que identifica um campo de estudo como “científico” não faz justiça ao que ele realmente é. Ou seja, Plantinga mostra que os critérios usados para denominar algo como ciência não abarcam todo o campo científico. Então, Plantinga tenta demonstrar quais critérios poderiam identificar algo como ciência afirmando: Talvez, o melhor que possamos fazer, em caracterizar algo como científico, é dizer que o termo “ciência” aplica-se a uma atividade que é (1) um empreendimento sistemático e disciplinado objetivando encontrar verdade sobre o mundo e (2) tenha um envolvimento empírico significativo. Isso, é claro, é muito vago (Quão sistemático? Quão disciplinado? Quanto envolvimento empírico?) e talvez, indevidamente permissivo. (Astrologia seria contada como ciênci

O CALCANHAR-DE-AQUILES DO CONHECIMENTO

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A educação deve mostrar que não há conhecimento que não esteja, em algum grau, ameaçado pelo erro e pela ilusão. A teoria da informação mostra que existe o risco do erro sob o efeito de perturbações aleatórias ou de ruídos (noise), em qualquer transmissão de informação, em qualquer comunicação de mensagem. O conhecimento não é um espelho das coisas ou do mundo externo. Todas as percepções são, ao mesmo tempo, traduções e reconstruções cerebrais com base em estímulos ou sinais captados e codificados pelos sentidos. Daí resultam, sabemos bem, os inúmeros erros de percepção que nos vêm de nosso sentido mais confiável, o da visão. Ao erro de percepção acrescenta-se o erro intelectual. O conhecimento, sob forma de palavra, de idéia, de teoria, é o fruto de uma tradução/reconstrução por meio da linguagem e do pensamento e, por conseguinte, está sujeito ao erro. Este conhecimento, ao mesmo tempo tradução e reconstrução, comporta a interpretação, o que