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Mostrando postagens de julho, 2012

Teologia como ciência especial I O método científico e as concepções de teologia em Hodge, Bavinck, Dooyeweerd e Van Til

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André Luiz Geske 1 Alvin Plantinga em seu artigo intitulado “Religion and Science” 2   traça uma série de definições sobre ciência. Junto com estas definições, ele aponta para a fraqueza de cada uma delas mostrando que aquilo que identifica um campo de estudo como “científico” não faz justiça ao que ele realmente é. Ou seja, Plantinga mostra que os critérios usados para denominar algo como ciência não abarcam todo o campo científico. Então, Plantinga tenta demonstrar quais critérios poderiam identificar algo como ciência afirmando: Talvez, o melhor que possamos fazer, em caracterizar algo como científico, é dizer que o termo “ciência” aplica-se a uma atividade que é (1) um empreendimento sistemático e disciplinado objetivando encontrar verdade sobre o mundo e (2) tenha um envolvimento empírico significativo. Isso, é claro, é muito vago (Quão sistemático? Quão disciplinado? Quanto envolvimento empírico?) e talvez, indevidamente permissivo. (Astrologia seria contada como ciênci

O CALCANHAR-DE-AQUILES DO CONHECIMENTO

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A educação deve mostrar que não há conhecimento que não esteja, em algum grau, ameaçado pelo erro e pela ilusão. A teoria da informação mostra que existe o risco do erro sob o efeito de perturbações aleatórias ou de ruídos (noise), em qualquer transmissão de informação, em qualquer comunicação de mensagem. O conhecimento não é um espelho das coisas ou do mundo externo. Todas as percepções são, ao mesmo tempo, traduções e reconstruções cerebrais com base em estímulos ou sinais captados e codificados pelos sentidos. Daí resultam, sabemos bem, os inúmeros erros de percepção que nos vêm de nosso sentido mais confiável, o da visão. Ao erro de percepção acrescenta-se o erro intelectual. O conhecimento, sob forma de palavra, de idéia, de teoria, é o fruto de uma tradução/reconstrução por meio da linguagem e do pensamento e, por conseguinte, está sujeito ao erro. Este conhecimento, ao mesmo tempo tradução e reconstrução, comporta a interpretação, o que

ORIGEM DA HOMILÉTICA E DA RETÓRICA

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A homilética propriamente dita, nasceu muito cedo na história humana, embora não como termo designativo homiletikos (arte de pregar sermão) e homilia (arte de falar elegantemente na oratória eclesiástica), mas como oratória pictográfica (sistema primitivo de escrita no qual as idéias são expressas por meio de desenhos das coisas ou figuras simbólicas). Ela surgiu na Mesopotâmia há mais de 3000 anos a.C., para auxiliar à necessidade que os sacerdotes tinham de prestar contas dos recebimentos e gastos às corporações a que pertenciam e faziam suas prédicas em defesa da existência miraculosa dos deuses do paganismo. O sistema sumeriano viria a ser o protótipo (primeiro tipo ou exemplo) de outros importantes sistemas de escrita, como o egípcio, por exemplo. a)  Como termo designativo Entretanto, homilética como termo designativo com suas técnicas, sistematização e adaptação às habilidades humanas, nasceu entre os gregos com o nome de retórica. Depois foi adaptada no mundo romano co